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abril 22, 2016

Bicha Que Existe (poema)



LGBTs. Na lente da especulação, dos vigilantes do moralismo. 
"Pedem respeito, mas não respeitam" é a ladainha que ouvimos. 
Até da própria comunidade. 
Irônica realidade.
Ávidos e carentes, buscamos colo, respeito, aceitação.
Mas engolimos desrespeito
Se recebemos uma mão
Um tapinha nas contas
Ilusória aprovação.

Bicha irresponsável! 
Você é humilhada, perseguida 
Destratada, agredida
Chacoteada, torturada
Negada, sofrida. 
Reação inconsequente!
Não perdoo, não defendo a sua cuspida.

abril 13, 2015

E o Mal Vence (poema)



Por Jon Paredes

A galope o cavalheiro das sombras
Confiante, impositivo, opressor.
Ameaçou-me com sua lança, 
Me infantilizou.
Meu nome xingou,
Meu ego ofendeu,
Armadilha montou.
Meu peito feriu,
Em minha cara bateu,
Me prendeu, me matou.

fevereiro 13, 2015

Áspero Amor (poema)



Minha religião é martírio e gratidão
Meu credo é difícil, é nobre.
Meu dogma é minoria, é erva daninha, é contramão.

janeiro 31, 2015

Petrus Logus O Guardião do Tempo, de Augusto Cury



Em uma época não tão distante da nossa, a humanidade colheu os frutos da  inconsciência. A escassez de recursos e a disputa por sobrevivência levaram o mundo à Terceira Guerra Mundial – a Grande Catástrofe que devastou a natureza e aniquilou povos e culturas inteiras.

setembro 17, 2014

A Boa Parte de Nós


                                                                                                                     Por Jon Paredes

Boa parte de nós pensa que todas a pedras são duras
E que só as flores enfeitam.
Fato óbvio e impassível:
O que é e não é aceito.
Razão rasa, leiguice densa.

Boa parte de nós acha.
Boa parte de nós não pensa.

junho 04, 2014

B165 – O Portal de Transporte



Eram as luzes da cidade, era o ponto, era a impaciência, era a espera. “He ate my heart…”, a  loira mais louca do mundo cantava diretamente em meus ouvidos, apesar da minha dor de cabeça e meus olhos sensíveis à luz que quase me tiravam a sanidade. Senti que não poderia na verdade não queria – ficar ali por mais tempo. 
Meus sentidos estavam super aguçados. Todo bocejo era um rugido, todo o falatório era tortura e nenhum som era bem-vindo. Não havia nada que eu pudesse fazer a não ser esperar. Boa noite? Só se for para você! A minha está péssima. Com licença? Passe por outro canto, pombas! Mania de incomodar os outros!
Um ruído ainda mais excruciante veio sem respeito nem empatia. Chegava cada vez mais perto até que, diante de mim, abriu-se um portal fantasmagórico trazendo com ele almas inquietas, impacientes e mal-humoradas – exatamente como eu me sentia.
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