A vida é mais tranquila
Quando tranquilo estou.
O sol mais forte brilha
Se ignorante sou.
Sorrisos farisaicos são só sorrisos
Se a ignorância me entorpecer.
Entrelinhas permanecem ocultas
Se meu senso não tenta ler.
Não pretendo fazer força
Por rebeldia livre de forca,
Revolução sem guilhotina…
Tenho medo da rejeição.
Se calo sou bom rapaz.
Se falo sou bruxa audaz.
Onde sarcasmo chama-se humor
E ofensa é so brincadeira,
Perseguem-me os puritanos,
Caçam-me, prendem-me,
Lançam-me na fogueira.
Fecho os olhos pela paz.
Ignoro o que o medo faz.
Me camuflo no ninho da fera.
Com disfarce de cria adestrada,
Estou livre da boca mordaz.
Por que me importar com o ódio?
Para que criticar o absurdo?
Há perigo em falar.
Machuca ouvir.
Enfurece olhar.
Traumatiza sentir.
Preciso não manifestar.
Não mais ouvir.
Calar e coexistir.
Cobrir meus olhos com venda,
Desligar a cabeça pensante
Para, sossegado, poder sorrir.
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