Meus sentidos estavam super aguçados. Todo bocejo era um rugido, todo o falatório era tortura e nenhum som era bem-vindo. Não havia nada que eu pudesse fazer a não ser esperar. Boa noite? Só se for para você! A minha está péssima. Com licença? Passe por outro canto, pombas! Mania de incomodar os outros!
Um ruído ainda mais excruciante veio sem respeito nem empatia. Chegava cada vez mais perto até que, diante de mim, abriu-se um portal fantasmagórico trazendo com ele almas inquietas, impacientes e mal-humoradas – exatamente como eu me sentia.